Público em geral

Que femme?

ColectivoFACA
Quinta-feira
15h00–17h00
Entrada livre

Partindo da palavra francesa femme — que, no nosso imaginário, interpretamos na literalidade traduzida, «mulher», embora remeta para a condição que vai para lá do espectro masculino, uma identidade de resistência que se aplica também a corpos outros —, propomos, neste laboratório, explorar a importância e a força da construção colectiva que a linguagem tem. Para tal, problematizar-se-á, à luz da nossa contemporaneidade, o feminino, o que é uma mulher, como de facto se se torna mulher. Para isso, usaremos exemplos ligados às obras patentes nesta exposição.

O ColectivoFACA foi formado em Março de 2019 é um projecto de cidadania activa cujo núcleo duro é constituído por Andreia Coutinho e Maribel Mendes-Sobreira. O ColectivoFACA parte da ideia de corte. Depois da incisão, há elementos que se dão a ver, formando-se novos centros e novas margens. O ColectivoFACA pensa as temáticas do feminismo, do colonialismo, do racismo, LGBTQI+ e da não-normatividade em geral. Todas estas questões têm a mesma raiz, um preconceito em relação àquilo que não é igual a nós, fazendo-nos sentir ameaçados, ramificando-se em temas considerados marginais. É urgente recontar a História, porque a narrativa predominante não coincide com as narrativas individuais e colectivas, que sempre foram desconsideradas.
O ColectivoFACA é um projecto de curadoria que questiona as narrativas da cultura visual. Este é um trabalho de proximidade com vários públicos que amplia a perspectiva acerca do outro e a História, propondo discussões, tertúlias, think tanks, exposições e visitas guiadas a espaços expositivos, aproveitando a sua constituição enquanto espaço comunitário.
Tendo em conta que estas ideias estão a ser desenvolvidas internacionalmente, trazemos as discussões para o debate cultural português, contando com público especializado e não especializado. Não apagando a História, cruzamos as diversas narrativas, puxando as margens para o centro do debate.
Acreditamos que é preciso reajustar as margens e relocalizar os centros.